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Relacionamento com stakeholders: quais as consequências do isolamento social?

Atualizado: 22 de fev. de 2023

Em seu segundo ano, a pandemia do novo coronavírus trouxe danos irreparáveis para os países ao redor do mundo. Além da trágica perda de mais de 3,3 milhões de vidas em escala mundial, a Covid-19 gerou grandes impactos às economias globais. No Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Brasileiro (PIB) teve recuo de 4,1% em 2020. Alguns setores da economia, como indústria e serviços, tiveram quedas recordes no segundo trimestre do último ano, com -12,3% e -9,7%, respectivamente.


Os dados consolidam o período como uma das maiores crises sanitária e humanitária já existentes, com efeitos generalizados. No entanto, os impactos perpassam qualquer expectativa e podem ser sentidos, inclusive, no dia a dia da sociedade e, em especial, nas relações de trabalho. Para o profissional de Relações Institucionais e Governamentais (RIG) que precisa engajar e criar relacionamento com stakeholders, a pandemia representou, ainda, uma perda inestimável: o corpo a corpo.


A necessidade de mitigar o contágio do vírus trouxe uma série de medidas restritivas aos mais diversos segmentos econômicos. O isolamento social, como medida adotada para diminuir a propagação da Covid-19, modificou significativamente a maneira de se relacionar. Com isso, para a área de Relgov restou o desafio de se reinventar para possibilitar a defesa de seus interesses.


A adaptação à crise

Diante da gravidade da crise provocada pelo novo coronavírus, a adaptação surge como um dos principais elementos para assegurar a contenção de danos, enquanto mantém o funcionamento das atividades econômicas e legislativas. Prova disso foi a mudança na atuação dos próprios parlamentares que, com a instituição do Sistema de Deliberação Remota (SDR) no Congresso, passaram a realizar suas práticas de maneira online.


Com o contato presencial interrompido, as ferramentas tecnológicas se tornaram importantes aliadas. Especialmente pelo fato de que, se por um lado a interlocução de Relgov foi reduzida em função de uma agenda mais apertada e concorrida por parte dos tomadores de decisão, por outro, o volume de trabalho aumentou exponencialmente, sobretudo em relação ao monitoramento das inúmeras publicações.


O relacionamento com stakeholders

A ruptura dos encontros presenciais, prática inerente à atuação do profissional de Relgov, traz um dos maiores desafios: o relacionamento com stakeholders. De acordo com a pesquisa The pandemic and public affairs: one year later realizada pela Public Affairs Council em 2021, com mais de 150 profissionais de relações governamentais, 87% dos entrevistados afirmaram que o uso de videoconferências se tornará cada vez mais comum e 83% acreditam que suas equipes estão proficientes na atividade a distância. Mais do que isso, 65% revelaram maior facilidade, do que esperavam no início da pandemia, para entrar em contato com as autoridades por meio de telefone e videochamadas.


Contudo, ainda que nesse cenário a tecnologia desempenhe papel fundamental, a mudança provocada pela pandemia não se restringe somente ao espaço físico. As atividades remotas, tendo em vista as constantes publicações, ganharam uma conotação de mais urgência. Com boa parte das equipes governamentais alocadas para assuntos emergenciais, falta tempo à interlocução nas reuniões agendadas e, portanto, há maior dificuldade para atuar junto ao tomador de decisão. Com isso, para não prejudicar a defesa de interesses, a estratégia do profissional de RIG deve se sobressair.


Para Luiz Nicolaewsky, superintendente do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (SINDICERV), mesmo com a adoção de videoconferências, a necessidade de complementar com encontro presencial ainda é premente e conseguir explorar o relacionamento com stakeholders depende da criação de estratégias elaboradas e organizadas. “É preciso cumprir horários, sintetizar os assuntos e estar bem preparado tecnicamente”, declara.


A crise fez com que os profissionais se adaptassem às ferramentas, mas também às pautas. Antes da pandemia, importantes reformas e temas de interesse rondavam o Congresso, havendo planejamento da área de Relgov para atuar sobre essas questões. Com a chegada do novo coronavírus, muitas destas pautas caíram por terra e coube ao profissional de RIG, mais uma vez, se reinventar para entender os atuais contextos e escolher suas batalhas.


O ambiente virtual certamente contribui para maior transparência dos processos e possui um alcance muito grande. Mas, também é nele que o tempo está cada vez mais curto e há pouco espaço para erros. Por isso, é importante investir na criação de estratégias para garantir reuniões online e saber qual mensagem usar para captar a atenção e, com isso, assegurar uma atuação mais precisa. Mais do que isso, para além dos atores governamentais, a estratégia deve abranger todos os stakeholders da organização e, nesse momento, saber como engajá-losgerenciá-los é fundamental.


Ou seja, no cenário atual é imprescindível que as empresas, sobretudo por meio dos profissionais de RIG, possam fortalecer suas conexões e estreitar ainda mais o relacionamento com stakeholders. Para auxiliar no dia a dia da área de Relgov, investir em recursos inteligentes é determinante para garantir o sucesso da organização. Pensando nisso, a Inteligov oferece soluções inovadoras, como a plataforma de gestão de stakeholders.

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