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  • Foto do escritorAnna Carolina Romano

A inteligência legislativa na formulação de políticas públicas


Para quem acredita que a inteligência artificial (IA) é assunto de ficção científica, vale a pena repensar o quanto essa ferramenta pode transformar a atuação de quem atua com relações governamentais.

Esse tipo de tecnologia permite facilitar a coleta e organização de informações, contribuindo para uma leitura mais dinâmica e assertiva dos dados coletados. Além disso, é possível encontrar nas ferramentas tecnológicas meios para melhorar a gestão de times e contribuir na produtividade.

No entanto, esses processos sozinhos não servem para montar estratégias que influenciem tomadores de decisão na política, por exemplo.

A combinação entre os métodos que otimizam a realização de tarefas por meio de IA e a análise crítica de profissionais resulta no que pode ser caracterizado por inteligência legislativa.

A inteligência legislativa refere-se ao uso de tecnologia e análise de dados para apoiar o trabalho que envolve o processo legislativo. Ela abarca a busca por informações, estudo e interpretação de dados relevantes para a elaboração de leis e tomada de decisões legislativas.

Esse processo é essencial para que legisladores e suas equipes tenham acesso a um conteúdo preciso sobre questões políticas, sociais, econômicas e jurídicas. Ao analisar essas informações, a inteligência legislativa pode ajudar a identificar problemas emergentes, tendências, lacunas na legislação existente e possíveis soluções. Ela também pode auxiliar na avaliação do impacto potencial de novas políticas e leis.

Em resumo, a inteligência legislativa é uma abordagem que busca fornecer aos legisladores informações relevantes e análises embasadas para auxiliá-los na tomada de decisões e no desenvolvimento de políticas e leis mais eficazes.

O passo a passo da inteligência legislativa


No complexo cenário político atual, influenciar na elaboração de políticas públicas eficientes e embasadas é um dos grandes desafios para quem atua com lobby, advocacy e relações governamentais.

Uma das maiores dificuldades desses profissionais é lidar com a alta produção de informações e saber identificar quem são os atores que podem contribuir positivamente com os seus planos de ação.

Diante da vasta quantidade de posicionamentos disponíveis, como os parlamentares, por exemplo, podem identificar problemas, acompanhar tendências e aproveitar oportunidades para promover mudanças significativas?

Veja a seguir algumas das situações em que a inteligência legislativa pode revolucionar a forma como as políticas públicas são construídas.

Monitoramento

O primeiro passo para obter sucesso em um planejamento governamental é saber o que está acontecendo no menor tempo possível. A inteligência legislativa desempenha um papel crucial nesse processo, permitindo a coleta e análise de informações em tempo real.

É importante destacar que a IA não vai identificar o problema sozinha. O profissional deverá entender sobre o contexto do problema para saber o que deve procurar por meio de ferramentas especializadas.

Insights

Conseguir olhar para os dados monitorados e extrair quais são as informações relevantes. Nesse sentido, a inteligência legislativa seria a combinação de tecnologias capazes de cruzar informações e criar relatórios personalizados, para que o profissional identifique quais são os indicadores que podem orientar a formulação de políticas públicas que respondam às necessidades dos stakeholders envolvidos.

Inteligência preditiva

A inteligência legislativa também deve ajudar a identificar as oportunidades para promover mudanças no cenário político. Nesse sentido, analisar quais são as tendências de um setor e entender quais são os riscos envolvidos na tomada de decisão pode ser crucial no momento de escolher um caminho para trilhar.

Inteligência contextual

Como as relações governamentais são baseadas nas relações humanas, habilidades como “análise de sentimento” (entender se num discurso o posicionamento é contrário ou favorável), são muito importantes para mapear as partes interessadas e direcionar estratégias de engajamento, por exemplo.

Outro ponto fundamental é a "extração de entidades", em que é possível verificar se no discurso foi mencionado um nome, marca, organização ou qualquer dado que precise ser destacado.

Trabalho em equipe

Ter a possibilidade de fazer com que vários profissionais ou diversas equipes colaborem em um planejamento, gerando mais valor sobre a base de informações, também é uma das premissas da inteligência legislativa.

Partindo do princípio que esse tipo de inteligência pode ser conceituada pela extração de informações acionáveis dos dados legislativos quantitativos e qualitativos, é possível entender que há muitos caminhos para desenvolver a inteligência legislativa.

Ou seja, por meio do cruzamento de dados quantitativos (número de proposições, projetos que tramitam em cada comissão, relatorias, etc.) e qualitativos (entender o ambiente político e a correlação de forças vigentes, as tendências pessoais dos principais stakeholders), é possível extrair possibilidades diversas para uma atuação estratégica.

Os benefícios da inteligência legislativa


Agora que entendemos os conceitos fundamentais da inteligência legislativa, vamos explorar alguns benefícios práticos que essa abordagem pode trazer para a formulação de políticas públicas.

  • Maior participação pública: A utilização de ferramentas tecnológicas e plataformas online pode facilitar o envolvimento da sociedade no processo legislativo, permitindo que os cidadãos contribuam com suas opiniões e propostas. Isso pode ampliar a visão de quem monitora os problemas sociais.

  • Avaliação de impacto: A inteligência legislativa permite avaliar o impacto potencial de novas políticas antes de sua implementação, identificando possíveis consequências e ajustando as medidas propostas, o que contribui para a tomada de decisões mais informadas e responsáveis.

  • Promoção da transparência: A disponibilização de informações atualizadas e análises embasadas promove a transparência no processo legislativo, aumentando a confiança da sociedade nas instituições e fortalecendo a democracia.

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